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Havia tempos que a cidade era o ponto urbano que concentrava todos os serviços e que por isso desfrutava de várias sinergias que atraíam negócio e prosporidade.
Nos finais do séc.XX e consequentes 80 anos assistiu-se a um êxodo rural sem precedentes que resultou num acumular de população nas grandes cidades (muitas delas antigas "capitais") e o conseguinte desinteresse no meio rural.
Atingido o limite de desgaste das mega-cidades, houve uma vontade de desurbanização que foi suportada pelo progresso alcançado nos meios de comunicação e de transportes. As populações inicialmente dispersaram-se para cidades periféricas e posteriormente por toda a área de cada região. No Mundo Novo certas regiões têm uma dispersão homogénea da população por toda a sua área.
Esta transição foi lenta e feita gradualmente, permitindo uma adaptação confortável tanto às cidades como às áreas outrora não habitadas.
Do ponto de vista de qualidade de vida, a desurbanização ofereceu às famílias maior leque de escolha em onde e como viver. Meios rurais com acesso privilegiado à natureza são hoje alternativas de habitação a meios mais urbanos com maior acesso a entretenimento e serviços. Dada a dispersão da população, os preços para a habitação são bastante nivelados por cada região, acessíveis à grande maioria da população e com menor margem para a especulação imobiliária.
A qualidade das infra-estruturas contribuiu deveras para este efeito de desubanização e é também um dos principais factores competitivos entre as regiões.
No Mundo Novo toda a transportação motorizada é automatizada. A habilitação para um individuo conduzir um veiculo motorizado deixou de existir e os actuais meios de transporte não possuem qualquer interface para condução humana.
A robotização dos meios de transporte revolucionou a deslocação de pessoas e mercadorias permitindo a redução de custos, redução do número de acidentes, maior eficiência no transporte e um aumento de bem estar urbano. Esta automatização é aplicada a todos os tipos de transportes motorizados: espacial, aéreo, marítimo, ferrovial e rodoviário.
Os diferentes tipos de transportes foram sendo desenvolvidos tecnologicamente ao ponto de se especializarem em certos segmentos de percursos como está representado na pirâmide que se segue.
Com o desenvolvimento da tecnologia, o comboio passou a ser o meio de transporte eleito para as meias-grande distâncias, tirando o lugar à aviação que durante cerca de um século ocupou esse lugar. A segurança, a rapidez, a capacidade de transporte e o conforto são as vantagens mais óbvias para a utilização de comboios para distancia inferiores a 2 000 kms.
O meio de transporte motorizado privado deixou de existir a nível comercial e é necessária uma autorização especial para possuir um destes veículos. Excepções são serviços relacionados com a segurança, protecção civil e saúde que continuam a usar este tipo de veículos.
O aumento do tráfego e o impacto ambiental dos materiais utilizados para a construção de veículos privados resultaram no incremento de impostos de circulação até ao ponto de se tornarem incomportáveis. Estes impostos eram calculados em tempo real dependendo de variáveis como a quantidade de tráfego ou o número de passageiros por veiculo.
A nível urbano, além do incentivo para o uso de velocípedes, os meios de transportes responsáveis pelo transporte da população são os autocarros, os eléctricos e o metropolitano.
Além do 4+3 referido anteriormente, a quantidade de horas trabalhadas durante uma semana também sofreu alterações. No Mundo Novo, a média de uma semana laboral é de 24 horas.
A diminuição do número de horas de trabalho é algo que tem acontecido desde os primórdios da revolução industrial, altura em que o trabalho passou a ser institucionalizado. As oito horas por dia foi uma vitória alcançada em 1866 face às jornadas de 14 ou 16 horas anteriormente impostas aos trabalhadores. Desde então, as oito horas foram estranhamente raramente questionadas durante o século e meio que se seguiu, apesar de todo o progresso que ocorreu durante esse período.
Esta medida desenhada por algoritmos financeiros acompanhou a mudança do paradigma capitalista (discutida anteriormente) e teve como objectivo diminuir o desemprego, dispersar o poder de compra pela população e garantir uma maior qualidade de vida aos cidadãos.
A diminuição do número de horas aconteceu de forma gradual e flexível nas diferentes Regiões ou Uniões ainda existentes na altura.
Combinando o modelo 4+3 e as 24 horas semanais, resulta numa média de 6 horas em cada um dos 4 dias de trabalho. Em conjunto com a total flexibilização do trabalho (ausência de regulação no horário de trabalho, isto é, deixa de haver o conceito de "fora de horas" ou "horário nocturno"), o quotidiano funciona de forma continua sem períodos de descanso (antigos fins de semana) nem períodos de encerramento. Muitos negócios estão continuamente abertos (24/7), 365 dias por ano.
Esta flexibilização deu espaço à criação de novas formas de estar e surgiu uma forte distinção social entre aqueles que vivem de dia e os que preferem a noite.
Uma trend que se começou a verificar já no fim do séc.XX e que se perpetuou ao longo de várias décadas foi o crescimento da desigualdade entre ricos e pobres no Mundo Ocidental. Esta desigualdade foi consequência directa do capitalismo, globalização e mais tarde da automação robótica. Apesar de algumas medidas terem sido aplicadas, estas foram sempre insuficientes e os lobbies internacionais fizeram o seu papel para que assim fosse.
Historicamente, a desigualdade sempre existiu e se antes se fazia sentir entre o Mundo Ocidental vs. Resto do Mundo, assim que esta disparidade se propagou aos países e uniões do Mundo Ocidental, houve uma percepção de perca de qualidade de vida e um consequente descontentamento das populações.
O agravamento da desigualdade no Mundo Ocidental iniciou-se na era da globalização, altura que a produção foi deslocada para zonas mais baratas de modo a maximizar lucros. A globalização, nos seus moldes iniciais, não foi muito contestada pois trouxe grandes benefícios ao acelerar o desenvolvimento em zonas mais pobres e ao promover as trocas comerciais em todo o planeta. Mesmo durante este período evidentemente benéfico para a economia mundial, sentiu-se a degradação da qualidade de vida no Mundo Ocidental, nomeadamente através da estagnação dos salários e o aumento do desemprego.
No gráfico seguinte, nota-se o desvio que se constatou por esta altura, entre os ganhos de produção e os rendimentos médios das famílias. Este gráfico, indicador de criação de desigualdade, continuou a trajectória delineada nas décadas seguintes.
O aparecimento da automação e robótica foi o passo seguinte para a deterioração desta desigualdade, ao mesmo tempo que exponenciou o aumento do desemprego no Mundo Ocidental. Devido aos diferentes níveis de desenvolvimento económicos dos vários países no mundo, notou-se que a população do Mundo Ocidental foi ajustando ao migrar para países em desenvolvimento tendo em vista a empregabilidade. Este fluxo manteve-se por várias décadas e precipitou a queda da antiga União Europeia e dos antigos Estados Unidos.
No pique da crise, as taxas de desemprego bateram recordes a nível Mundial e a deflação instalou-se na economia mundial. As empresas de grandes dimensões começaram a ter prejuízos contínuos por não terem quem comprasse os seus produtos e muitas faliram. O capitalismo e a própria civilização tal como a conhecíamos foram postas em xeque. Todas as medidas convencionais foram aplicadas sem sucesso, incluindo impressão de moeda, abate percentual directo de divida publica em todas as Uniões ou Regiões e ainda taxas extraordinárias na automação robótica e na tecnologia.
Em paralelo a esta situação de crise económica, as sociedades e as populações sofreram grande mudanças e o seu comportamento alterou-se. Tendo em conta os altos níveis de escolaridade da população mundial de então, a sociedade sofreu uma viragem de rumo de mentalidades e passou a ser menos consumista, a exigir mais a nível local, a dissociar-se das grandes multinacionais e grupos económicos, a valorizar o que é produzido localmente e artesanalmente e a criar mecanismos comunitários para a prestação e compra de serviços. A tecnologia de então e a elevada qualidade de infra-estruturas permitiu que estas ideias se instalassem e que criassem um novo momentum económico democrático.
Estas foram as bases para um novo paradigma capitalista e a economia sofreu uma fase de fortes ajustes para que se adaptasse a uma nova forma de estar da ordem mundial. Pela primeira vez na história da humanidade o capital deixou de liderar o caminho e de estar associado a grandes concentrações de poder.
Associados a este novo capitulo económico está o sistema 4+3, a redução do horário laboral, a Revolução Cultural, a criação de imposto de transporte, benefícios fiscais comunitários e a liberalização da tecnologia que por tempos foi apontada como a culpada para a crise económica mundial.
Ter trabalho, constituir família e ter uma vida confortável continua a ser o objectivo primário enraizado em cada individuo no Novo Mundo.
A tipografia de uma família tem sofrido alterações ao longo dos tempos, mas o modelo homem e mulher continua a ser o mais comum. Existem vários enquadramentos de união e a concepção de um filho deixou de estar necessariamente relacionada ao amor entre um homem e uma mulher.
Com a evolução da tecnologia e do aumento da esperança de vida, a decisão de ter o primeiro filho é tomada cada vez mais tarde sem quaisquer riscos de saúde para a mãe ou o filho. Métodos contraceptivos de fácil aplicação e activados especificamente no período definido estão acessíveis a todos, tanto para o homem como para a mulher.
O controlo da natalidade é recomendado pelas entidades governativas e existem benefícios fiscais e comunitários para quem segue estas recomendações. As politicas de natalidade são revistas a cada dez anos e sugerem o número ideal de filhos por casal em cada região. Este número vai variando entre 1 e 2 dependendo da região e da sua situação demográfica. O cálculo deste número é feito através de um algoritmo matemático que considera centenas de variáveis relevantes para o funcionamento de uma região. O elevado grau de cidadania da população faz com que estas recomendações sejam seguidas de uma forma bastante natural.
O balanço demográfico é de extrema importância para cada região manter os seus níveis de empregabilidade e bem-estar. Durante certo período histórico houve um grande incentivo à natalidade e à captação de cidadãos de outros países (Grande Migração), mas este paradigma acabou por ser alterado dadas as as limitações físicas do planeta e do modelo socio-económico existente. Suspender o crescimento da população mundial tornou-se uma necessidade tendo em vista a sustentabilidade da humanidade.
O quotidiano e a vida de cada cidadão tem tido uma evolução constante ao longo da história da Humanidade e no Mundo Novo essa evolução contrasta com os estilos de vida de outrora.
Uma semana é constituída por 4 dias de trabalho e outros 3 de descanso. Os dias de descanso deixaram de ser fixos e de estar associados a dias historicamente religiosos como o Sábado ou o Domingo.
A mobilidade dos dias de descanso teve origem na pressão exercida pelo capital e entidades empregadores com vista a obterem maior capacidade de produção e respectivos aumentos de competitividade e de lucros. Nesta altura a religião deixara de ter grande influência na sociedade e não representou um obstáculo para esta transição.
A mobilidade dos dias de descanso normalizou todos os dias da semana, isto é, os antigos dias "fim-de-semana" passaram a ser exactamente iguais aos antigos "dias de semana". O trabalho tanto a nível industrial, empresarial, como governativo é feito continuamente 7 dias por semana sem qualquer paragem imposta por lei. Como tal, os serviços e opções disponíveis numa 4a feira são exactamente os mesmos que os num domingo, por exemplo.
Esta mudança alterou o ritmo quotidiano e se antes haviam dias comuns em que a maioria da população estava em descanso, no Mundo Novo isso deixou de acontecer. Aquando da transição para este sistema móvel, assumia-se que isto poderia trazer um impacto negativo a nível familiar e social, mas tal não se confirmou e a adaptação aconteceu naturalmente. Apesar de ter tido origem numa ideia capitalista, a mobilidade do período de descanso dinamizou a sociedade e trouxe inúmeras vantagens a nível social, comunitário e de lazer.
Outra mudança significativa foi a introdução do terceiro dia de descanso, algo que aconteceu um pouco mais tarde, depois da mobilização dos dias de descanso.
Ao longo da história, cada dia de descanso foi uma conquista social e para os trabalhadores, tendo sido em larga escala influenciada pela religião. O mesmo não aconteceu com a introdução do terceiro dia de descanso, uma medida que foi experimentada inicialmente para ter um impacto económico positivo em certas Regiões e que após vários casos de sucesso, tornou-se norma no Mundo Novo. Causas para esta experimentação foram a elevada percentagem de desemprego, a estagnação económica e a Revolução Cultural.
O actual sistema 4+3 móvel é hoje visto como o ideal.
A religião, desde que foi criada, sempre teve um lugar de destaque na história da humanidade. No Mundo Novo, a religião está transformada e muito diferente daquilo que antes a caracterizava.
Após séculos de influência histórica, a religião continuou a fazer sentir o seu peso aquando da criação e fortalecimento de algumas Uniões, tal como também na inclusão ou exclusão excepcionaria de membros que à partida não teriam enquadramento geográfico para pertencerem a certa União. As Uniões tanto juntaram membros com religião em comum como também uniu outros que necessitaram de se juntar para se "protegerem" da suposta ameaça de uma religião vizinha opressora.
Com o desenvolvimento económico mundial, a migração dos povos e a consequente subida intelectual das populações, a religião passou a ter menos influência e ficou cada vez mais desligada da esfera politica das nações e Uniões (salvas raras excepções). A religião tomou um rumo óbvio e natural de se adaptar a novas mentalidades e foi-se expandindo em novas direcções, desligando-se de certos dogmas que no passado eram a sua base. Conceitos como a crença, a fé e a divindade passaram a ser secundários ou apenas creditados por certos nichos das populações. A religião no geral evoluiu para um maior foco em valores sociais e espírito comunitário e deixou de ser condição acreditar num Deus para praticar ou frequentar uma religião no Novo Mundo. O estudo de Deus continuou e continua a ser feito, mas principalmente por estudiosos ou curiosos.
Apesar da palavra religião continuar a ser usada no Novo Mundo, tem um significado e conotação diferentes daquela que tinha no passado. O conceito "religião" deixou de estar associada a instituições conservadoras presas aos seus dogmas para assumir uma semântica sinonimo de entre-ajuda, abertura e paz.
O culto e a devoção continua a existir nas religiões actuais, pois tal como muitos historiadores defendem, são condição necessária e natural para o funcionamento das sociedades. Apesar de haver uns que praticam mais e outros menos, a maioria da população mundial diz-se simpatizante e afecta a pelo menos uma religião. A prática de várias religiões em simultâneo não é incompatível tal como outrora e é bastante comum as pessoas experimentarem várias religiões ao longo da sua vida.
Tal como mencionado anteriormente, o modelo das Regiões foi fruto da evolução histórica das dinâmicas entre países e fronteiras.
Em termos históricos, principalmente depois das Guerras Mundiais I e II, as fronteiras das nações foram delineadas baseadas em etnias dos povos, como também na língua falante dessas zonas geográficas. A língua é e foi um factor determinante na consolidação e conservação de uma identidade "nacional".
Com o aparecimento do capitalismo democrático durante os inícios do século XX, houve a necessidade de estender a cooperação entre os países de modo a captar sinergias além fronteiras e daí surgiram as Uniões. O conceito de União foi-se desenvolvendo e passou a ser uma necessidade para todos os países pertencerem a pelo menos uma União. A primeira União surgiu na Europa (União Europeia), mas os antigos "Estados Unidos da América", já antes disso estavam estruturados num formato bastante similar às Uniões. Rapidamente surgiram Uniões na América do Sul, no Norte de África, na África Continental, no Médio Oriente, e em diferentes zonas da Ásia.
Estas Uniões tiveram um papel essencial na aproximação dos povos e no desenvolvimento de várias partes do globo. Todas estas Uniões ao longo do tempo foram-se moldando: integrando ou excluindo participantes, aglomerando poder politico, económico e militar, combinando e misturando culturas, unificando o uso de línguas primárias, como também re-alocando populações. Com o passar das gerações, o conceito de nacionalidade perdeu peso e a União a que se pertencia passou a ser o elemento identificador de cada cidadão (ex.: Cidadão da UNA - União do Norte de África).
As vantagens de tais Uniões foram tremendas e acima de tudo permitiram trazer desenvolvimento a cada canto do globo, harmonizar relações entre nações e nivelar a competitividade a nível global. Este mesmo nivelamento, foi depois responsável pelas quedas das Uniões.
A partir do momento que as Uniões deixaram de representar uma clara vantagem competitiva, houve a necessidade de se pensar em novos modelos estruturantes. As Uniões em si desgastaram bastante a noção de soberania das nações e sempre houve a dificuldade de uma União gerir os destinos de populações distintas e espalhadas por diferentes áreas geográficas.
Uma das respostas a este problema foi a criação de unidades governativas dentro das Uniões que inicialmente apenas tinham o intuito de representar áreas geográficas menos favorecidas, delineadas ou não através das antigas fronteiras dos países. Com o passar do tempo o sucesso destas unidades espalhou-se e as Uniões começaram a ser gradualmente divididas em regiões governativas. Mesmo contrariando as antigas fronteiras das nações, o desenho geográfico das Regiões não foi contestado, muito devido ao efeito unificador e de identidade das Uniões, como também à existência de uma língua comum dentro de cada uma das Uniões.
Com a evolução das Regiões, estas passaram a ter maior poder politico e económico, dando origem às Regiões tal como as conhecemos hoje em dia. As Uniões, algumas deixaram de existir por falta de propósito e outras mantiveram-se apenas com responsabilidades representativas ou militares. A maioria das vantagens das Uniões foram mantidas entre as regiões sempre que aplicáveis.
A nivel conceptual, a evolução das fronteiras teve como ponto de partida as nações, seguindo-se a expansão para as Uniões que deram lugar à contracção para as Regiões. Muitos defendem que a ciclicidade vai continuar e que no futuro haverá nova expansão para outro qualquer modelo fronteiriço por inventar/definir.
A cobrança de impostos continua a ser aplicada da mesma forma que tem sido aplicada ao longo da história, isto é, em proporção com os rendimentos individuais. Os impostos contribuem para sustentar serviços básicos sociais (saúde, educação, infra-estruturas, transportes, pensões e subsídios), mas são também usados para nivelar rendimentos e redistribuir a riqueza pelas regiões. Como tal, a tributação é progressiva e quando maior o rendimento, maior é a proporção que se paga de imposto. As empresas por norma pagam impostos mais baixos que os indivíduos.
Ao longo dos tempos, vários esquemas contributivos foram experimentados e o modelo que teve melhores resultados e que acabou por ser adoptado pela grande maioria das regiões do Mundo Novo foi a introdução de uma Contribuição/Imposto Social que é hoje obrigatória em muitas regiões. Esta contribuição consiste em um cidadão reduzir o valor anual da sua tributação fiscal a troco de horas de trabalho num contexto de auxilio social.
Esta taxa social, assume várias formas e alguns exemplos são trabalho comunitário em serviços sociais, trabalho prático em serviços públicos ou trabalho técnico/especializado em instituições públicas. Esta contribuição tem-se revelado bastante benéfica em várias frentes: integra os cidadãos na sociedade, beneficia das mais valias e competências da população, fomenta um espírito de união e reduz custos de funcionamento da região.
De modo a não haver contributos sociais viciados ou que beneficiem certos interesses, cada cidadão escolhe a área que quer contribuir e depois é-lhe aleatoriamente atribuído uma função a desempenhar na área que escolheu e na localidade em que vive. Em geral, este contributo social varia entre as 40 e as 160 horas anuais e pode reduzir até 30% o valor anual do imposto fiscal a pagar.
Este modelo contributivo melhorou em muitos aspectos o funcionamento da sociedade, passou a ser aceite e desejado pelas populações, como também se revelou uma característica importante para a captação de novos cidadãos para as regiões.
Em muitas regiões, esta taxa social é igualmente aplicada como contrapartida para o pagamento de subsídios e pensões.
Energia continua a ser um tema de extrema importância no Mundo Novo. Com o progresso da tecnologia, novas formas de gerar energia foram desenvolvidas, mas o sonho de ter uma energia infinita continua por concretizar.
O aumento da população e o estilo de vida partilhado pela maioria dos habitantes do planeta exponenciou o consumo de energia em todo o globo, ao mesmo tempo que a poluição se tornou numa grave ameaça mundial. Para responder a estes problemas foi necessário investir no desenvolvimento de energias mais limpas e baratas, como também introduzir um modelo de consumo mais eficiente e racional.
Sérios problemas ambientais e o consequente agravamento da saúde pública mundial obrigou a que o consumo de combustíveis fosseis fosse reduzido gradualmente ao ponto da sua produção para fins comerciais ser totalmente banida do planeta. Este facto teve também outra consequência benéfica que foi a diminuição dos conflitos armados geoestratégicos de origem energética.
As principais fontes de energia do Mundo Novo são a Renovável, a Nuclear e a Espacial.
O desenvolvimento da tecnologia para as energias Renováveis reduziu o seu custo de exploração e é a energia de eleição para o uso doméstico das populações. Muitas regiões obrigam as suas comunidades a serem auto-suficientes energeticamente através do recurso a este tipo de energia.
A energia Nuclear, bastante mais segura e desenvolvida que antigamente, é a energia usada a uma escala maior e destina-se principalmente a fins industriais e de manutenção de infra-estruturas urbanas e regionais (transportes, tratamento de lixo, robots, servidores, etc.). O contrapeso desta energia continua a ser o seu elevado custo.
A energia Espacial tem sido explorada mais recentemente e consiste na absorção da energia solar fora da atmosfera terrestre. Esta solução consiste em estações energéticas que orbitam à volta do globo e que acumulam energia proveniente do sol de uma forma bem mais eficiente que a energia solar captada no solo terrestre. Posteriormente, esta energia é transportada para a Terra e distribuída pelas redes convencionais de energia. Esta solução ainda enfrenta alguns desafios mas é claramente apontada por todos como a solução de futuro para a substituição da dispendiosa energia nuclear.
Tal como referido anteriormente, as populações foram obrigadas a racionalizar o uso energético e como tal várias medidas foram tomadas por diferentes regiões para alcançar este objectivo. Exemplos amplamente adoptados na maioria das regiões são a abolição de transportes individuais, a restrição no consumo de alimentos de origem animal ou um imposto proporcional à pegada energética de um produto. Em contraste com o passado, muitas destas medidas alteraram radicalmente o modo de vida das populações.
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